Como começar um negócio: 8 passos

Começar um negócio é dar forma a uma ideia, um sonho ou até mesmo a uma necessidade. E, olha, pode até parecer coisa de outro mundo no começo, mas a real é que, com planejamento e pé no chão, dá para transformar vontade em realidade. 

Muita gente acha que empreender é só ter coragem, e sim, coragem conta muito, mas tem também um tanto de organização, atenção aos detalhes e escolhas bem pensadas. 

A verdade é que ninguém nasce sabendo abrir empresa, criar produto, lidar com cliente e manter as contas no azul. 

Mas dá para aprender. E o primeiro passo não é sair fazendo tudo ao mesmo tempo. É entender onde você quer chegar e o que precisa fazer para isso acontecer.

1. Defina sua ideia de negócio

Tudo começa com uma ideia, mas não qualquer ideia. Ela precisa fazer sentido para você e para quem vai usar seu produto ou serviço. Então, antes de qualquer coisa, pare e pense, o que você quer oferecer? Pode ser algo que você já sabe fazer muito bem, uma habilidade que aprendeu ou até uma solução para um problema que você mesmo já enfrentou. 

A ideia não precisa ser inédita, só precisa ter propósito. Quanto mais clara for sua proposta, mais fácil vai ser seguir em frente. Pergunte para você mesmo, o que eu vendo? Para quem? De que forma? Qual valor eu gero? 

E o que me diferencia dos outros? Isso ajuda a tirar a ideia da cabeça e começar a dar forma. Se você ainda está em dúvida, observe seu dia a dia. O importante é começar por algo que faça sentido, que você conheça bem ou esteja disposto a aprender. E claro, algo que resolva um problema real de alguém.

2. Faça uma pesquisa de mercado

Antes de colocar a ideia na rua, vale entender se tem gente interessada no que você quer oferecer. É aí que entra a pesquisa de mercado. Ela te ajuda a enxergar o cenário, quem são seus possíveis clientes, quem já faz algo parecido e como você pode se destacar. 

E não precisa ser um relatório gigante, tá? Pode começar simples, observando, conversando, testando. Avalie, quem compraria isso? Quanto pagaria? Onde essas pessoas estão? 

E quem já tá vendendo para esse público? Analise seus concorrentes, veja o que fazem bem e o que você poderia fazer melhor. Isso não é copiar, é aprender com o que já existe para criar algo com seu jeito. 

Também vale testar a ideia na prática. Faça perguntas em redes sociais, crie uma enquete, converse com possíveis clientes. Quanto mais real for sua pesquisa, melhor vai ser sua visão do mercado.

3. Crie um plano de negócios

Com a ideia mais clara e a pesquisa feita, agora é hora de planejar. Um plano de negócios é como um mapa, te mostra onde você está, onde quer chegar e quais caminhos seguir. Ele organiza as informações do seu futuro negócio e ajuda a prever desafios antes que eles apareçam. 

Aqui você vai colocar no papel o que vai vender, como vai vender, quanto vai cobrar, quais custos vai ter, como vai divulgar, quem vai te ajudar e por aí vai. Parece muita coisa? Pode até ser. 

Mas ter esse planejamento evita que você entre no escuro. Cada detalhe pensado agora é um problema a menos depois. Um bom plano também te ajuda se for buscar crédito ou parceria. 

Inclusive, ao pensar em abrir um negócio, surgem dúvidas como com quantos anos pode fazer cartão de crédito? Afinal, ter acesso a serviços financeiros é fundamental para organizar as finanças da empresa, seja para compras, pagamentos ou assinatura de serviços online.

Mostra que você sabe o que está fazendo. Não precisa ser perfeito, ele pode (e vai) mudar com o tempo. O importante é ser honesto com a realidade do que você tem hoje.

4. Escolha o formato jurídico da empresa

Essa parte pode parecer chata, mas é essencial. Escolher o formato jurídico certo é o que vai te permitir vender de forma legal, emitir nota, contratar gente e até buscar crédito no futuro. 

No Brasil, existem vários tipos de empresa, mas os mais comuns para quem está começando são MEI, EI, EIRELI e LTDA. A escolha depende do tipo e do tamanho do seu negócio. Se você vai começar sozinho e fatura até R$ 81 mil por ano, o MEI pode ser o caminho mais simples. 

Tem menos burocracia, custo fixo baixo e você ainda tem acesso a benefícios como INSS. Mas se o plano é crescer rápido ou ter sócios, outros formatos podem fazer mais sentido. O ideal aqui é conversar com um contador. 

Ele vai te ajudar a entender qual o melhor modelo pro seu caso e como fazer o registro certinho. Não deixe essa parte de lado, formalizar o negócio é o que te dá segurança e evita dor de cabeça.

5. Faça a formalização e registre seu negócio

Com o modelo jurídico escolhido, é hora de formalizar seu negócio de vez. Isso significa registrar sua empresa, conseguir CNPJ e deixar tudo dentro da lei. 

Essa etapa é fundamental para poder emitir nota fiscal, abrir conta empresarial, contratar funcionário com carteira assinada e até participar de licitações ou vender para empresas maiores. 

A formalização acontece na Junta Comercial do seu estado e envolve algumas etapas,  definir o nome da empresa, registrar o contrato social (ou o requerimento do MEI), obter CNPJ na Receita Federal, e dependendo do ramo, também conseguir alvarás, licenças e inscrições estaduais ou municipais. 

Parece complicado, mas com a ajuda de um contador, dá para fazer sem dor de cabeça. Para quem opta pelo MEI, tudo é mais simples e pode ser feito online em poucos minutos. Já modelos como EI ou LTDA pedem mais documentos, mas garantem mais possibilidades de crescimento.

6. Organize a estrutura física e equipe

Agora que o negócio está legalizado, é hora de montar a estrutura que vai fazer tudo acontecer. Dependendo do que você vende, pode ser um espaço físico, uma loja online, uma salinha em casa ou até um ponto de atendimento em outro lugar. 

Aliás, saber como começar um negócio do zero faz toda a diferença nessa etapa. Isso significa avaliar o que realmente é essencial no início, assim você prioriza aquilo que vai gerar resultado sem pesar no orçamento.

O importante aqui é pensar na rotina do negócio e em como deixar tudo funcional, simples e com a sua cara. Se for vender produto, precisa de estoque? Se for serviço, precisa de ferramentas, internet boa, espaço para receber cliente? Cada tipo de negócio tem sua necessidade. 

Por isso, observe o essencial e evite gastar com o que não precisa no começo. E se você não for tocar tudo sozinho, é bom começar a pensar na equipe. Pode ser alguém para ajudar no atendimento, nas entregas e na produção. 

O ideal é contratar gente que confie no seu propósito e que traga soluções. Lembre que contratar alguém é também assumir uma responsabilidade.

7. Defina estratégias de marketing e vendas

Ter um bom produto ou serviço é essencial, mas não basta. As pessoas precisam saber que ele existe. E é aqui que entram as estratégias de marketing e vendas. Elas ajudam a divulgar sua marca, atrair clientes e converter isso tudo em faturamento. 

Mas não precisa complicar, comece com o que você tem e a evolução pode vir aos poucos. Pense primeiro em quem é seu público. Quem são essas pessoas, onde elas estão, o que elas procuram. 

Saber disso vai te ajudar a escolher os canais certos para se comunicar. Pode ser rede social, boca a boca, panfleto, parcerias ou até um ponto bem localizado. 

Também vale criar promoções, programas de fidelidade, kits de produtos e outras formas de estimular a venda. Marketing não é só aparecer, é construir uma relação com quem compra. Seja presente, fale com clareza e escute quem te procura.

8. Controle financeiro e gestão do negócio

Agora vem uma das partes mais importantes, e muitas vezes esquecida, cuidar do dinheiro. Não adianta vender muito e não saber para onde a grana tá indo. Um bom controle financeiro é o que mantém o negócio vivo. 

Ele te mostra o que entra, o que sai, o que sobra e o que precisa mudar. Comece com uma separação das finanças pessoais das do negócio. Crie uma conta bancária só para empresa. 

Registre todas as entradas e saídas, mesmo que sejam pequenas. Use planilhas, aplicativos ou até papel, o importante é ter tudo anotado. Entenda seus custos fixos, variáveis e seu lucro real. Isso ajuda a formar preços justos e sustentáveis. E lembre-se, faturamento alto não significa lucro alto. 

Controle evita susto. Além das finanças, é bom olhar para gestão como um todo. Processos, fornecedores, prazos, atendimento.

FAQ

Preciso de muito dinheiro para abrir uma empresa?

Não, você não precisa de muito dinheiro para abrir uma empresa. O que você precisa mesmo é de planejamento, clareza de ideia e vontade de fazer acontecer. Claro, abrir um negócio envolve custos. 

Mas a ideia de que só quem tem muito dinheiro consegue empreender é mito. Hoje em dia, existem diversos modelos de negócio que começam com pouco investimento e crescem conforme o tempo, o esforço e a organização. 

O segredo está em adaptar sua ideia à realidade que você tem no momento. Pode ser começar vendendo em casa, usando redes sociais para divulgar, reaproveitando recursos e contando com a ajuda de amigos ou da família. 

Muita gente começa pequeno e, aos poucos, vai estruturando melhor, com os próprios lucros reinvestidos no negócio.

Quanto tempo leva para formalizar uma empresa?

Isso depende do tipo de empresa que você quer abrir, mas, no geral, formalizar um negócio pode ser mais rápido do que parece. Se a ideia for começar como MEI (Microempreendedor Individual), o processo pode levar menos de uma hora. 

É tudo online, gratuito e direto. Você acessa o site do Governo Federal, preenche os dados, escolhe a atividade e sai de lá com CNPJ em mãos. Agora, se o plano for abrir uma empresa com sócios, nome fantasia exclusivo ou atividades que exigem licenças especiais, o caminho pode demorar um pouco mais. 

Nesses casos, o prazo médio gira em torno de 5 a 15 dias úteis, dependendo do estado e da burocracia local. O processo envolve a Junta Comercial, Receita Federal, prefeitura e, às vezes, órgãos de vigilância sanitária ou meio ambiente.

Posso começar um negócio sozinho ou preciso de sócios?

Sim, você pode começar um negócio sozinho. Muita gente faz isso e consegue tocar tudo com firmeza, principalmente quando a ideia é enxuta, o investimento é mais controlado e o modelo permite autonomia. 

O importante é saber que empreender sozinho não significa fazer tudo no escuro, significa tomar as decisões com mais liberdade e, claro, com mais responsabilidade também. Ter sócios pode ser uma boa escolha quando o negócio exige habilidades que você ainda não tem, ou quando o investimento inicial é alto e dividir os custos faz sentido.

Quais erros evitar ao abrir um negócio?

Abrir um negócio é uma conquista, mas também um desafio. E para aumentar as chances de dar certo, vale ficar de olho nos erros mais comuns que podem atrapalhar logo no começo. Um dos principais é começar sem planejamento. 

Muita gente tem uma boa ideia, mas não para para pensar nos custos, na concorrência, no público ou até na parte burocrática. Sem um plano claro, o risco de tropeçar é grande. Outro erro é misturar o dinheiro da empresa com o pessoal. 

Parece detalhe, mas isso bagunça tudo. Você perde o controle, não sabe se o negócio está dando lucro e pode acabar usando o caixa para pagar contas pessoais. Separar essas finanças é regra básica para manter a saúde do negócio.

Conclusão

Hoje, ter um negócio próprio não é luxo, é realidade para muita gente que decidiu criar o próprio caminho. Porém não basta ter apenas uma boa ideia. O que faz a diferença é estruturar bem cada etapa, com foco e responsabilidade. 

Cada etapa tem seu peso. Desde o momento em que você define sua ideia até o controle do financeiro, tudo importa. 

Não existe fórmula mágica, mas existe método, atenção aos detalhes e disposição para fazer direito. Muitos negócios não dão certo por falta de preparo, não por falta de talento. 

Por isso, quando você para, organiza, escuta o mercado e traça um plano realista, já sai na frente. Se o sonho é empreender, saiba que dá para começar com pouco, com simplicidade, mas com visão. 

E o mais importante, com respeito pelo próprio corre. Um negócio bem pensado nasce para durar, crescer e fazer diferença.

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